domingo, 13 de novembro de 2016

Gravação: instrumento real vs instrumento virtual (VSTi)

Matéria publicada originalmente no dia 11-04-2011

Olá!!!
Com o advento cada vez mais do home studio todo mundo (até os grandes estúdios) apelam para o uso do Virtual Instrument Technology ou seja, o popular VSTi. Um desses plugins pode nos economizar “um bocado de tempo” além de dinheiro (é melhor gastar uns R$1000,00 com uns 7 vsti do que R$5000,00 num sintetizador!) porém existe uns detalhes que mais uma comprovam que a tecnologia digital em gravação ainda tem que evoluir.
Isso se chama “conflito A/D” muito comum pra quem não tem “milhões” investidos em equipamento, e que às vezes podem confundir e muito seu ouvido. Vamos aos tópicos:

1)Por que o meu áudio gravado analogicamente não está “casando” com o áudio VSTi?

Se você pesquisar isso na internet vai encontrar um monte de coisas.
Porém a mais correta (ou perto dela) que já encontrei foi essa:
as ondas digitais e analógicas não casam como mostra a figura ao lado. Note que o analógico faz curvas e que o digital faz ondas quadradas (devido aos processos matemáticos) e para nosso som analógico precisávamos ter um conversor A/D em nosso rack.Um bom conversor A/D é o Ultra gain pro da Behringer, devido ao seu excelente custo benefício.
Algumas placas de som possuem internamente ele, porém não espere que elas custem menos de R$1000,00!!!

2)Analógico escuro digital brilhoso.
O fato é que uma gravação feita em casa ou com um equipamento mais simples sempre é mais “brilhosa” que as gravações em estúdios grandes, é justamente a falta de experiência (ou equipamento) para conversão A/D.
Quando ouvimos que nosso som analógico não está igual ao som do VSTi o primeiro impulso é aumentar as freqüências entre 1 – 10 kHz, porém isso é algo como ganhar na loto:uma chance em milhões para dar certo (pode dar mas é bem raro), por isso a melhor coisa se fazer e equalizar o VSTi, para tentar ficar um pouco mais parecido com o analógico.

3)Usando o dither como conversor A/D
Durante muito tempo eu gravava assim: monitorava o timbre com meu M-Audio Fastrack com o plugin, gravava “cru” dentro depois passava o plugin no som. Parecia o ideal, porém até que comecei achar que estava muito obscuro no master. Um dia não sei porque, fiz o seguinte:

A)Coloquei normalmente a guitarra na M-Audio
B)Usei um host vst para gerenciar um plugin de ampli de guitarra e coloquei junto um com dither.
C)Na DAW gravei o canal direito puro com a M-Audio
D)No canal esquerdo gravei direto da placa de som rodando o plugin

Resultado? Depois separando os pans, o som ficou muito aberto! E isso funcionou com sucesso na voz!Além disso, no som “cru” você define qual outro plugin passar. Você pode usar um plugin dither para simular um A/D. Porém, o wordlenght tem que ser igual ao números de bits da gravação. Por exemplo, 16 bits/44 kHz, 24 bits/48 kHz.

Abraços!!!
Ótimas gravações!!
Postado por:
Rafael o KH
Autor do blog Palco KH!
Músico e Técnico em T.I
OMB:13850
Contato:
rafael.kh@gmail.com

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