terça-feira, 9 de abril de 2013

Minha musicas: como gravei Feel the beat

Salve!!!
Essa semana vou mostrar mais uma música que gravei em casa no meu pequeno estúdio.
O nome dela é "Feel the Beat" (sinta a batida) é a 7ª que gravo do meu projeto AUTOMUSIC.
Enquanto você ouve ela logo abaixo a descrição de como a fiz. Pra quem não sabe como fazer para achar o caminho, aproveite esse post! Pois nele está descrito como fiz  a música soar comercialmente usando um equipamento bem básico!


A história 
Comecei a pensar nessa música quando queria dar um sentido ao meu projeto.
Assim como muitas bandas e cantores/cantoras tem uma frase marcante em uma de sua músicas queria fazer uma que tivesse uma também. Foi quando surgiu a idéia "Feel the beat". A letra era mais comprida, porém quis apelar mais para batida pedi para minha irmã a refazer. Em muitos versos ela soa como "feel the bitch" (sinta a puta) mas resolvi deixar assim mesmo em duplo sentido.




Iniciando a gravação
Feito a letra e a harmonia, o próximo passo foi cria-lá. Para isso usei 3 programas para criar sua midi primária: Guitar Pro , Sonar e Encore. Em muitos compassos eu simplesmente criava uma pista chama "auto riff" (em referência a um efeito da pedaleira BOSS GT3) claro, que ao invés da guitarra eu usei a DAW Fruit Loops. Esse tipo de pista era feito com notas do tipo semibreve (4 tempos) e mínima (2 tempos) leia aqui mais sobre o assunto.  A partir disso  quando o arquivo da mid estava aberto no Fruit Loops bastava apenas definir que VSTi cada pista midi usaria.

Vale a pena equalizar samples?
Isso é uma questão de gosto pessoal. Muitas vezes eu equalizo por estar "puro demais", porém você primeiramente tem que saber a "fonte do sample". Por exemplo, se o kick (bumbo) vier gravado de uma bateria numa mesa de som todo em "flat" é sinal que ele não passou por nenhum processo de modificação de som e então pode até se mexer, mas se ele já vem "timbrado" basta apenas ajustar o mesmo para não dar conflito com a voz!

Usando múltiplas DAW
A maioria dos meus trabalhos quando faço em MIDI ou Loops gosto de usar o Fruit Loops. Depois de ajustado os timbres  gostar de passa para uma DAW de áudio e geralmente é a Sony Acid ou Sony Vegas pois são muito leves para trabalhar (são inferiores ao Sonar e ao Cubase mas tem a vantagem de trabalhar com a maioria dos computadores, mesmo antigos sem travar).  Porém isso não pode ser levado como regra simplesmente pelo fato que muitas vezes se torna meio "incabível", principalmente quando se trabalha com aúdio digital. Se você não tiver um conversor A/D a cada conversão de áudio você criar um nova "pilha digital" no mesmo. Por isso quanto menos processo no áudio melhor!Eu uso porque aprendi a trabalhar assim mas procure usar somente um DAW.

No Fruit Loops
Abaixo descrevo o que havia na midi que fiz e que sample/VSTi coloquei no fruit para timbrar:

Pista              Tradução          VSTi                    Preset           
Kick               Bumbo             Battery3               Dance kit
Snare              Caixa               Battery3               Dance Kit
Hit Hat           Pratos              Baterry3               Dance Kit
Synbass          Baixo              Boombastick        Arp6000
Hit                  Orquestra       Hyper Canvas       Orquestra Hit
Choirs Ahh     Corô              Hyper Canvas       Choirs ah2
Auto Riff1      Riff                Syntrus                  Eurogate 2  
Auto Riff2      Riff                Syntrus                  Eurogate
Auto Riff3      Riff                Pro 53 xpress        Arpeggio

Após somente usei um preset para o instrumento não "clipar" no master.
Convertir cada um em pistas em *.WAV

No Sony ACID
Gosto de fazer música eletrônica usando o Sony Acid e outras músicas usando o Sony Vegas ou Sonar.  Nessa música as minhas pistas ficaram assim:

Clique para Ampliar
 Seguindo a ordem das pistas temos as seguintes equalizações:

Kick (Bumbo)






 Aqui na verdade são 2 "kicks". A música eletrônica é muito comun isso:
colocar um kick mais grave um pouco para esquerda e um mais agudo para direita.
O "buraco" entre 225 Hz e 2.5K alivia os "conflitos" com os demais instrumentos e o ganho em 5K ajuda o mesmo a soar em vários tipos de falantes, mesmos o mais pequenos.

Snare












Snare (caixa) usei um som "mesclado" de um sample acústico com a clássica caixa da Roland DR909  essa equalização estou livrando o som da caixa no conflito direto com a voz. Geralmente uma música POP ou Rock a caixa sempre acompanha a voz. O buraco entre 320 - 640 Hz foi justamente para a caixa não entrar em "conflito" com os harmônicos da voz.

Hit Hat









O Hit hat (xipo) é uma coisa bem "chata" de se lhe dar na música eletrônica. Ele não pode soar "alto" pois irrita, mas tem que soar "presente" para dar embalo pra música. Aqui eu equalizei meio padrão ou seja "cortar tudo abaixo de 1K" e liberar depois de 5K.

Synth Bass
O Synth Bass (baixo) está em "chain" com o Kick. O espectro do baixo é bem mais "grave que o kick" e por isso o corte em 35 Hz. O corte em 320 Hz não deixe o mesmo conflitar com a voz e o aumento de  +2 dB em 5.1K é para o mesmo sair com presença em caixas menores.

BUSS dessa sessão (Kick, Snare, Hit Hat e Synth Bass)

Apenas o uso de Compressão.

Synth Pads
Para os sintetizadores usei essa configuração e para as strings e choirs deixei em flat porque elas aparecem apenas na parte onde não há voz. Como não foi detectado conflitos com voz, deixei flat até 12K. Pads tem a tendência de "embolar na frente", por isso o corte em 120Hz. O aumento de 0.5 dB em 1K é para o mesmo sair com presença em caixas menores.

Guitarra
Essa guitarra eu gravei usando o Guitar Rig 5 imitando o efeito da música do desenho "Hot Wheels BF5". Esse efeito está na sessão de "modifiers" do plugin onde consiste em "automatizar" as frequência médias para abrir e fechar em 132 BMP (que é o tempo da música). Esse preset é básico de guitarra base rock. Corte depois de 100 Hz, diminuir entre 2 - 5K para liberar a voz e aumentar um pouco em 5.2K  para favorecer a distorção.

Buss dessa sessão (Sintetizadores e Guitarra): apenas compressão.

Voz
Aqui quero mostrar somente a sessão do Buss, para explicar como muitas vezes o que libera a voz são "cortes profundos".
 Essa voz estava muito conflitante e não havia jeito de arrumar. Então ao invés de "aumentar"eu "atenuei" drasticamente! O engraçado que antes havia recebido uma gravação parecida com essa (leia a postagem aqui) e apesar do corte parecer "bem profundo" o resultado final é que ela ficou bem padrão. Lógico, depois desse equalizador tem um compressor também!

Finalização
Uma dica que vou dar que aprendi recentemente é não deixe o "master clipar"! Procure dar mais volume no BUSS/AUX e sempre procure usar o compressor para tirar um som bom. Muita vezes não é volume final dele que importa, e sim a qualidade. Para fazer o master se "toda a música" estiver no lugar um "Stereo Enchancer", um equalizador "cirúrgico" e um compressor são suficientes! Procure no blog que há bastante assunto a respeito sobre isso!!!


Espero que essa "dissecação" de minha música
ajude você em suas músicas! 
Abraços!
 


































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